Pane na máquina do espírito
Há algo de errado
Na máquina do espírito
É falta de óleo
Ou falta de brio
Ou quem sabe
Uma mania hipocondríaca
De explorar a cobiça
Aos limites limítrofes
Do preço mais cotado
do cambio flutuante de ideários
Que dia menos dia
Há de queimar o fusível
E explodir o coração
As veias entupidas de dinheiro
Esse material abstrato
Sem valor natural
Apenas o valor agregado
Que gangrena a carne
Que engrena o carro
Que engendra o espírito
Que gera o vício
Que causa o pigarro
Um fino e espetacular
Curto circuito
Que não deixa vestígios
Só fragmentos de culpa
Aniquiladas a murro
Na ponta da faca
Que tira as vísceras rasgadas
De um jovem na calçada
E o velho deitado
Já não entende nada
O espírito já é máquina
Um enguiço retroativo
Marcelo C. Madeira
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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Um comentário:
Ahahaha, obrigado pelo post! Essa foto tá demais!
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