"Eu nunca esperei isso, um amor tão voraz que quase não é algo pessoal. Um amor que tira você do lugar, que tira você de sua própria forma. Eu sabia que, se estivesse atravessando a rua com a criança e um carro virasse a esquina buzinando a toda, eu a defenderia com o meu próprio corpo.
Faria isso automaticamente, da mesma forma como a gente levanta os braços para proteger a cabeça e o coração. Defendemos nossas partes vitais com as partes mais resistentes, mais descartáveis. Nesse aspecto, a maternidade funcionava conforme o prometido. Mas descobri que a amava sem verdadeira compaixão e boa vontade.
Faria isso automaticamente, da mesma forma como a gente levanta os braços para proteger a cabeça e o coração. Defendemos nossas partes vitais com as partes mais resistentes, mais descartáveis. Nesse aspecto, a maternidade funcionava conforme o prometido. Mas descobri que a amava sem verdadeira compaixão e boa vontade.
Era um amor uivante, inundado pela luz dos refletores, uma coisa assustadora. Dava medo. Eu a defenderia de um carro em alta velocidade, sim, mas eu a amaldiçoaria ao mesmo tempo, como um prisioneiro amaldiçoa o carrasco."
Esses são os pensamentos de Clare, um dos personagens do livro "Uma casa no fim do mundo" de Michael Cunningham. Um livro maravilhoso para se ter um compromisso. Você entra e conhece Jonathan, Bobby, Clare e Alice de uma forma poética e profunda. Todo narrado em primeira pessoa. O livro trata sobre as transformações comportamentais e culturais das três últimas décadas, que são pano de fundo para a história. Mudanças nos hábitos sexuais, solidão, a cultura pop, as drogas e o medo de amar movimentam e conduzem a vida dos protagonistas. A relação obsessiva, um triângulo amoroso, o problema da Aids e a compra de uma casa perto da emblemática Woodstock é guiada pela trilha sonora de Jimi hendrix, the Doors, Bob Dylan e, principalmente, de Van Morrison. O livro foi para o cinema, dando origem a um filme com o mesmo nome e com Colin Farrell no papel de Bobby, ao lado de Sissy Spacek no papel de Alice Glover e outros.
Cunningham nasceu em 1952, em Ohio, Estados Unidos. Seu romance "As Horas" (Companhia das Letras, 1999) ganhou premio Pulitzer de 1999 e o PEN/Faulkner Award. Em 2002, foi adaptado para o cinema. É também autor de Laços de Sangue (Companhia das Letras, 1997).
Esses são os pensamentos de Clare, um dos personagens do livro "Uma casa no fim do mundo" de Michael Cunningham. Um livro maravilhoso para se ter um compromisso. Você entra e conhece Jonathan, Bobby, Clare e Alice de uma forma poética e profunda. Todo narrado em primeira pessoa. O livro trata sobre as transformações comportamentais e culturais das três últimas décadas, que são pano de fundo para a história. Mudanças nos hábitos sexuais, solidão, a cultura pop, as drogas e o medo de amar movimentam e conduzem a vida dos protagonistas. A relação obsessiva, um triângulo amoroso, o problema da Aids e a compra de uma casa perto da emblemática Woodstock é guiada pela trilha sonora de Jimi hendrix, the Doors, Bob Dylan e, principalmente, de Van Morrison. O livro foi para o cinema, dando origem a um filme com o mesmo nome e com Colin Farrell no papel de Bobby, ao lado de Sissy Spacek no papel de Alice Glover e outros.
Cunningham nasceu em 1952, em Ohio, Estados Unidos. Seu romance "As Horas" (Companhia das Letras, 1999) ganhou premio Pulitzer de 1999 e o PEN/Faulkner Award. Em 2002, foi adaptado para o cinema. É também autor de Laços de Sangue (Companhia das Letras, 1997).
Jaciara Polese Rocha - São Paulo, Brasil
2 comentários:
Jaci, adorei a descricao. Era esse livro que vc lembrou de mim? Valeu a dica! Baci
Simm, amiga é este!!! Vai fundo que vale a pena!
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