Há mais ou menos dois anos, tenho vivido literalmente dentro de um canteiro de obras. Este panorama de ruídos e de tom acinzentado não me trouxe muita inspiração, e o barulho era tanto que não conseguia deixar a janela aberta e usufruir dos poucos dias quentes desta fria Suíça. Agora algo mudou, "nós" nos mudamos. Não estamos mais inseridos neste canteiro de obras, mas a obra mora ao lado. Porém, só fato de estarmos num novo apartamento e usufruindo de novos ares, minha visão sobre a construção civil também mudou.
Acontece que os amigos "pedreiros" (nesta nomenclatura primata) iniciam os trabalhos já as 7h da manhã com o rádio no último volume. Num destes dias de sol, abri a porta da sacada e tive então uma grata surpresa. Fui apresentada à uma pequena pérola deste verão que se anuncia.
Aloe Blacc. Americano, filho de panamenhos e amante da Soul Music. Este cantor de apenas 32 anos será, com certeza, a nova sensação da próxima estação. Como rapper começou aos 14 anos no grupo "Emanon", de muita qualidade, e em 2006 lançou o primeiro álbum solo: "Shine Through". No clipe "I'm beautiful", faixa do mesmo álbum, é possível constatar a forma simples e ainda artesanal como foi produzido. Bem diferente do álbum lançado agora em 2010 "Good Things", ainda pelo mesmo selo, mas com uma roupagem mais sofisticada. Blacc conheceu a fama no ano passado com a inserção da música "I need a Dollar" na abertura da série "How To Make It In America" da HBO.
Desde então o trumpetista de formação passou a ter a agenda lotada de shows pelos Estados Unidos e Europa. Neste próximo mês, Blacc tem 10 shows a cumprir na Inglaterra, Portugal, Holanda, Canadá e Estados Unidos. Quem puder conferir o show dele vai certamente se deliciar com o melhor das influências da época de ouro da Motown Records. Referências estas que Blacc apresenta em grande estilo, seja nas composições próprias ou no bom arranjo de "Femme Fatale", consagrada na voz da Nico com o Velvet, ou na versão para Billy Jean, dos tempos áureos de Michael jackson, não lançada em álbum, mas gravada e publicada no youtube.
Como dizem os puristas "The soul is back". E se é a alma que nomeia o gênero, o nosso critério de ouvintes deve seguir exigindo a verdade na música, e se ela toca ou imprime algo. E para mim Blacc o faz, com simplicidade e uma bela voz!
Thaís Aguiar - Zurique, Suíça
Acontece que os amigos "pedreiros" (nesta nomenclatura primata) iniciam os trabalhos já as 7h da manhã com o rádio no último volume. Num destes dias de sol, abri a porta da sacada e tive então uma grata surpresa. Fui apresentada à uma pequena pérola deste verão que se anuncia.
Aloe Blacc. Americano, filho de panamenhos e amante da Soul Music. Este cantor de apenas 32 anos será, com certeza, a nova sensação da próxima estação. Como rapper começou aos 14 anos no grupo "Emanon", de muita qualidade, e em 2006 lançou o primeiro álbum solo: "Shine Through". No clipe "I'm beautiful", faixa do mesmo álbum, é possível constatar a forma simples e ainda artesanal como foi produzido. Bem diferente do álbum lançado agora em 2010 "Good Things", ainda pelo mesmo selo, mas com uma roupagem mais sofisticada. Blacc conheceu a fama no ano passado com a inserção da música "I need a Dollar" na abertura da série "How To Make It In America" da HBO.Desde então o trumpetista de formação passou a ter a agenda lotada de shows pelos Estados Unidos e Europa. Neste próximo mês, Blacc tem 10 shows a cumprir na Inglaterra, Portugal, Holanda, Canadá e Estados Unidos. Quem puder conferir o show dele vai certamente se deliciar com o melhor das influências da época de ouro da Motown Records. Referências estas que Blacc apresenta em grande estilo, seja nas composições próprias ou no bom arranjo de "Femme Fatale", consagrada na voz da Nico com o Velvet, ou na versão para Billy Jean, dos tempos áureos de Michael jackson, não lançada em álbum, mas gravada e publicada no youtube.
Como dizem os puristas "The soul is back". E se é a alma que nomeia o gênero, o nosso critério de ouvintes deve seguir exigindo a verdade na música, e se ela toca ou imprime algo. E para mim Blacc o faz, com simplicidade e uma bela voz!
Thaís Aguiar - Zurique, Suíça
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