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segunda-feira, 21 de março de 2011

Março - Carolina Bisacchi




A lua cheia me ilumina. A lua cheia me clareia. A lua cheia me embebeda, me hipnotiza e me mareia. E salgados ficam meus olhos, cheios de gotas de mar quando me lembro do que não aconteceu. Que são seus meus sentimentos, meus sensos e sentidos. É sua a minha boca, meu peito, minhas palavras ao vento. São só seus, e todos seus os meus segredos. Porque, quando eu choro de saudade, minha alma se fecha no vazio do espaço que você deixou. Minhas mãos congelam, meu coração, murmura para bater, e por segundos, me sinto morta. Vazia de tudo, vazia de mim mesma. Queria ser azul, me fundir com o encontro do mar com o céu... me tornar pássaro, me tornar lua, me tornar sol. Ser estrela que alumia e irradia. Queria ter uma segunda chance.

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