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sábado, 20 de novembro de 2010

Sobre o último filme de Jabor: a suprema felicidade - Miriam Vizentini

Ainda bem que deu para ir ao cinema ao menos algumas vezes, nesta minha ida a Sampa. Pude assistir ao último filme do Jabor, filme de tom nostálgico com um sabor de drops de hortelã.
Um Jabor não é igual a outro Jabor, esqueçam Eu sei que vou te amar. Mas a sensibilidade está presente, mais madura e, talvez pelos anos passados, mais melancólica. Se para a crítica tem tons melosos, para mim teve um gosto amargo de saudades. E, como não dou a mínima para críticos, fui conferir.
Dizem que a obra tem algo ou muito de autobiográfico. Pudera, todo diretor/autor que se preze deixa suas marcas e essas só podem dizer de suas vidas – redundante, então dizer que é de certa forma, autobiográfico!!
A trama tece-se em torno da história de Paulo, da infância à juventude, no seio de uma família como tantas outras desajustadas, num tempo em que as mulheres mais que nunca abafavam seus sonhos e a própria vida que haveria de vir para se casar com seu grande amor e viver em família. Nesse caso, família formada por mãe, filho e marido ausente e autoritário e, ainda assim, seguindo em busca da felicidade. Lugar e época: Rio de Janeiro, 1945.
As cenas de suprema felicidade, essas sim, vividas pelo menino Paulo e seu avô – um Marco Nanini magistral! – foram para mim as mais marcantes (talvez pelos momentos que vivi/recordei com minha avó nestas férias), seja nas conversas ou na iniciação sexual do garoto em prostíbulos até a descoberta do amor. Elke Maravilha, como a avó, dá um toque germânico cafona, mas cabe na trama.
Valeu ter ido conferir !
Miriam Vizentini - Baden, Suíça

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