A Revista Íntegra, após cinco anos de publicações, chega ao fim.
Convidamos você a conferir esta última edição. Saiba mais...

sábado, 15 de agosto de 2009

“Quéio pá caja...” - Uma viagem por Recife, Margarita Wasserman

De repente me senti tal e qual uma criançinha cansada e indefesa, querendo o aconchego da minha casa, da minha cama!
Estávamos a passeio em Olinda, hospedados em uma pousada.
Dalí saíamos para o Recife, Caruaru. Muita coisa para ver ou rever e aprender.
A vegetação é maravilhosa devido ao clima úmido e quente. As ruas são ajardinadas. E o povo gosta, cuida e curte. Os jardins são lindos e o arvoredo diferente.
Ainda dava tempo, então viajamos pelo litoral até a praia de Maria Farinha. O trajeto é maravilhoso, vimos em todo o percurso muito arvoredo e jardins. Ao chegarmos em Maria Farinha, nos instalamos em uma área bastante confortável fora de um hotel e ali sentamos para apreciar a vista, beber um refrigerante e descansar para a volta.
Não foi possível visitar tudo o que queríamos.

Das obras do Brennand, só pudemos vislumbrar (de longe) o que o povo acabou apelidando de “o pinto do Brennand” (foto) um monumento de mais ou menos a altura de um prédio de dez andares, localizado no marco zero de Recife.
Em Recife e Olinda existem muitas igrejas e centros espíritas.
Depois de dezessete anos, lá estávamos novamente visitando o Centro Cultural. Ali funcionou o presídio Frei Caneca. Ali ele foi fuzilado...
Cada cela foi transformada em uma pequena loja... Uma grande quantidade de artesanatos expostos enche os olhos dos visitantes. É impossível sair dali sem adquirir alguma coisa, seja um enfeite ou peça de roupa.
Fomos conhecer a Livraria Cultura com seus dez mil livros expostos, bem no centro de Recife. Ali também compramos alguns livros...
A casa dos meus netos Vládia e Aritanan e meus bisnetos Uirá e Anaíra fica em um morro em Olinda e tem dois andares. Da sacada enxergamos o mar...
Por acaso acabamos conhecendo a casa onde está instalado o Instituto Histórico de Olinda. Ali deixei um exemplar do meu livro Marimbondos.
As pessoas de Recife e Olinda são muito gentis, educadas. Na recepção da pousada foram instalados dois aparelhos de TV. Enquanto esperava Pedro, meu genro, e Noemi, minha filha sentei ao lado de outro hóspede. Minha canseira era tanta que soltei um gemido: “Quéio pa caja!” Aquele senhor não conteve a risada!
Chegamos à Curitiba, cansados, mas realizados com o que visitamos.
Passei três dias acamada, até passar a canseira...

Margarita Wasserman, Curitiba - Brasil
Fotos de Lucy Passos e Carvalho Pinto

Nenhum comentário: