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domingo, 7 de dezembro de 2008

Embalos de Obama à noite

Embalos de Obama à noite (mais uma noite de insônia...)

Sorry to Barack Obama and American people! Why USA has Obama, and we have Berlusconi?

Eram as frases de alguns dos cartazes em Roma, no último 7 de novembro, quando várias pessoas saíram às ruas, pedindo desculpa a Barak Obama pelo comentário idiota do primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi.

Berlusconi disse em seu encontro com o presidente russo Medweden: “Obama tem tudo o que é necessário para se desejar fechar acordos com ele: é jovem, bonito e até bronzeado.“ No protesto, alguns italianos apelaram e revidaram no mesmo nível: “melhor um presidente bronzeado do que um anão careca!“, referindo-se a Berlusconi.

Quanto à pergunta dos italianos: “por que os EUA têm o Obama e eles o Berlusconi? ” na Itália o buraco é mais embaixo. O tal anão careca é o poderoso chefão lá, praticamente dono do país. Quando a oposição chega ao poder o anão dá sempre um jeitinho de puxar o tapete. E tudo acaba em “cosa nostra“, ou seja, na mãos dos mafiosos. Uma pena, os tempos de mudança e de abertura ainda não chegaram na bota da Europa.

Os Embalos de Obama à noite continuam (ou insônia parte 2)

John McCain aceitou a derrota. Foi vaiado por seus colegas de partido, mas continuou o discurso e parabenizou Obama. Lembrei-me do Al Gore que agiu da mesma maneira nas eleições presidenciais americanas anteriores, mesmo sabendo que alguma coisa tinha por trás daquelas eleições. Mas os resultados apontavam Bush como vitorioso.

Gesto bonito e demonstração de idealismo cívico sem mesquinharias! Uma das qualidades que faltam entre os políticos: aceitar a decisão democrática e o fato de que se todos não derem as mãos, a coisa não vai para frente.

Bem diferente agiu o Senhor Blocher, do partido de direita aqui na Suíça. Ao perder seu cargo de ministro, jurou vingança, rodou a baiana. Sua atitude mostra que apesar de sua competência para o cargo (o desgraçado é bom nas finanças!) tem a alma mesquinha. A mesma alma que prega contra nós, estrangeiros neste país.

Magda Hammer (Zürich, Suiça)

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