Publicado no Brasil com o título “As Memórias do Livro” pela Ediouro, este obra retrata a saga da Hagadá de Sarajevo, um códice judaico medieval ilustrado desaparecido durante a guerra da Bósnia.
Através da análise de uma conservadora Australiana de manuscritos antigos, marcas encontradas no livrocomo um fio de cabelo, a asa de uma borboleta, manchas de vinho e sal ajudam a reconstruir as memórias do livro e das pessoas que durante os séculos participaram de sua história e o protegeram de guerras, perseguições e da inquisição católica.
Ainda que a edição brasileira seja recheada de erros de tradução e ortográficos, achei a leitura interessante, principalmente pela mistura de ficção e fatos históricos. A Hagadá realmente existe e foi salva duas vezes em Sarajevo por curadores de museus, mas os detalhes destes eventos, da criação do códice e sua trajetória através dos séculos foram criados pela autora. Atraente também a descrição científica das técnicas de conservação e análise de manuscritos antigos e o background histórico das muitas perseguições e calamidades envolvendo os judeus e muçulmanos na Europa.
Embora as editoras tentem vendê-lo na mesma roupagem de O Código da Vinci, o livro não é exatamente um thriller, e a conexão com os fatos históricos é muito menos mirabolante, e portanto, mais verossímil do que na ficção de Dan Brown.
Através da análise de uma conservadora Australiana de manuscritos antigos, marcas encontradas no livro
Ainda que a edição brasileira seja recheada de erros de tradução e ortográficos, achei a leitura interessante, principalmente pela mistura de ficção e fatos históricos. A Hagadá realmente existe e foi salva duas vezes em Sarajevo por curadores de museus, mas os detalhes destes eventos, da criação do códice e sua trajetória através dos séculos foram criados pela autora. Atraente também a descrição científica das técnicas de conservação e análise de manuscritos antigos e o background histórico das muitas perseguições e calamidades envolvendo os judeus e muçulmanos na Europa.
Embora as editoras tentem vendê-lo na mesma roupagem de O Código da Vinci, o livro não é exatamente um thriller, e a conexão com os fatos históricos é muito menos mirabolante, e portanto, mais verossímil do que na ficção de Dan Brown.
Cristina Pereira (Zurique, Suíça)
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