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domingo, 28 de setembro de 2008

Úteis e fúteis

Tá...e se eu, com trinta anos, ainda for solteira, e isso quer dizer não ter nenhum namorado, não ter um trabalho bem remunerado nem bem admirado (sou garçonete), não ter comprado meu apartamento, não ter carro, não ir à academia, não gostar de peças de teatros musicais e o pior de tudo, se alguém me perguntar, não sei bem ainda o que eu quero da minha vida!!! 
Gostaria mesmo é de passar meus dias sempre rodeada de amigos, vendo o pôr do sol sobre a água do mar, ou atrás da montanha. 
Gostaria de ter sempre minha mãe por perto, meus cachorros e meus gatos, viver um tórrido e quente amor, ter uns três ou quatro filhos, e ter grana  suficiente para me sustentar e ainda ser bem generosa com os que me rodeiam. 
É pecado? Querer ficar com a  bunda pra cima, fazendo de vez em quando aquilo que se gosta (eu gosto de administrar as coisas...detesto fazer), ter tempo e grana pra fazer um yoga, um pilates talvez, ver um belo e bom filme por dia, ir na massagista, no cabeleireiro, ler os jornais gastando pelo menos uma hora no café da manha, nadar, encontrar com os amigos, tomar uma cervejinha gelada, jantar em bons restaurantes e experimentar cada dia uma cozinha diferente. Não acho de verdade que seria futilidade da minha parte. Seria muito boa em não fazer nada. 
Quem acha que o Zeca Pagodinho é infeliz? E porque criticar? Viva a liberdade de escolha e de opinião.
Ninguém é perfeito. Eu aceito todo mundo. Quem gosta de trabalhar, quem gosta de “bundar”, quem gosta de homem (apesar de achar que a concorrência ta cada vez mais acirrada), quem gosta de mulher, quem gosta dos dois...

Viva a mente livre, o poder de usar uma calça laranja berrante, de sair de manha sem pentear o cabelo, de abraçar e beijar com carinho e afeição todos os amigos que encontra, viva as relações que conquistamos ao longo da vida. Viva o trabalho e principalmente a oportunidade de trabalhar.

Carolina Bisacchi - Londres, Inglaterra

Um comentário:

Anônimo disse...

Ô queridinha, ficar bundando é muito bom, mas tente pelo menos fazer algum trabalho voluntário em prol da cultura brasileira em Londres, vai te fazer bem!