Inicialmente, a idéia era desenvolver um documentário em que personagens e pessoas dessem depoimentos sobre a História em Quadrinho no Brasil na década de 80. Mas a proposta inicial evoluiu para um curta-metragem focado somente em uma personagem, Rê Bordosa.
A escolha se deu pelo fato de que, de certa forma, ela sintetizava um pouco do estilo de vida dos anos 80, e também por ter sido assassinada pelo seu criador, o cartunista Angeli. O primeiro argumento foi escrito pelo diretor César Cabral com apoio da documentarista Carla Gallo, e resultou num projeto de documentário/animação para o formato de curta-metragem. O curta-metragem utiliza a técnica stop-motion (animação com bonecos, objetos, massinhas, entre outros) pela qual ocorre uma reprodução de 24 imagens por segundo, tempo suficiente para a permanência retiniana.
O filme tenta desvendar as razões que levaram o cartunista Arnaldo Angeli Filho a matar uma de suas mais famosas criações, a diva underground Rê Bordosa, uma das personagens mais famosas dos quadrinhos brasileiros.
A narrativa é investigativa e os perfis do 'assassino' e da 'vítima' são construídos ao longo do filme com base em depoimentos, imagens de arquivo e reconstituições do crime. O principal motivo para transformar os entrevistados em massinha foi oferecer uma unidade estética diferenciada ao filme que tem momentos de encontro entre o que é real e o que é ficção, motivado pelas próprias fronteiras pouco delineadas entre um e outro dentro do universo de Angeli.
O filme recebeu os prêmios de Melhor Curta Metragem e Melhor Animação Brasileira na 16ª. Edição do Anima Mundi no Rio de Janeiro e São Paulo.
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