A Revista Íntegra, após cinco anos de publicações, chega ao fim.
Convidamos você a conferir esta última edição. Saiba mais...

domingo, 27 de julho de 2008


Olá, meninos e meninas. Olá, homens e mulheres. Olá, meninos-meninas, meninas-meninos, meninos-meninos, meninas-meninas, homens-homens, homens-mulheres, mulheres-mulheres, mulheres-homens! Ai, será que estou esquecendo de cumprimentar alguém?
Odeio a distinção dos gêneros (masculino e feminino). Porque precisamos deles? Não falo “deles” os homens, falo ¨deles¨ os gêneros (por que não chamamos de as “gêneras”?), afinal precisamos ¨deles¨ os homens. Nós mulheres precisamos dos homens e os homens precisam também dos homens, e os homens também precisam das mulheres, e as mulheres precisam também das mulheres. Confusão se cria com essa distinção e esse “poder” que o gênero tem para determinar o individuo!
Tudo começa lá quando a mulher está grávida (não venham me perguntar se é ou não justo somente a mulher ficar grávida, não me arrisco a responder). Continuando, quando a mulher fica grávida, quais são as perguntas essenciais feitas a ela?
1 – É MENINO ou MENINA?
2 – De quantos meses você está?
E depois seguem as outras perguntas que não querem calar...
3 – Quem é o pai?
4 – Foi acidente?
E assim vai...
Outro dia (ano passado na verdade, ai como estou ficando velha, meu senhor, ano passado não, ano retrasado, não importa) uma amiga teve bebê, então fui comprar o presentinho para o chá de bebê. A vendedora me pergunta se é menino ou menina, eu disse, menina, e ela me mostrou tudo que existia na loja pra meninas. E adivinhem a cor? Absolutamente e assustadoramente tudo na loja para meninas era de cor rosa, e eu odeio a cor rosa.
Ai gente, eu estou inteira rosa, fui pela primeira vez a uma praia francesa, e o sol francês me torrou a pele (tá o maior sol neste verão), ai que ódio que eu fiquei, passei protetor e mesmo assim, to toda rosada, quero dizer, nem toda, porque na verdade, eu estava de biquíni, mas não estava com o biquíni completo, então tenho uma parte ainda não rosada (risos).

Então, falei tudo isso do gênero, pra dizer que fui a uma praia, aqui no sul da França, e fiquei me sentindo um ser do gênero masculino (uma mulher homem), vou contar. Não era uma praia privada ou de nudismo, era uma praia comum e pública, aonde vão famílias inteiras (a praia estava completamente cheia), e o mais interessante (ai como sou bicho do mato, ou bicho da cidade, sei lá) as mulheres faziam topless livremente: avó, tia, mãe, filha, irmã. Fiquei felicíssima. No Brasil não se faz topless assim à vontade, você pode até fazer se for muito corajosa, mas os olhares curiosos, repressores e tarados vão te tapar o sol.
Então, tirei o sutiã, e uma sutil conclusão, que o Brasil alimenta uma hipocrisia neste assunto.

O gênero masculino pode ficar sem camisa na praia e tudo bem, e o feminino não pode em pleno século XXI, por quê? Alguém arrisca responder? Afinal, quando vejo um peito masculino eu também fico... é... deixa pra lá. Mas no carnaval pode né? Bom, agora sei como os homens se sentem quando estão sem camisa na praia, ai que gostoso, me senti livre. Aqui na França pode em todas as praias, e é comum, repito, não era uma praia de nudismo, é normal, achei muito legal.
Vai fazer topless em Floripa, Rio, Matinhos e Santos pra ver se você não vira um ponto a ser fotografado? E tem mais, quando fui numa ducha (ao ar livre) pra me lavar quando estava indo embora, alguns tiravam TODA a roupa, se enxaguavam e vestiam outra roupa, assim mesmo, normal, homens, mulheres, crianças-meninos e crianças-meninas.
Enfim, culturalmente diferente, nem melhor nem pior, é só pra dizer as minhas amigas que aqui dá pra pegar um bronzeado uniforme sem marcas.

Marcelina – Sul da França

Um comentário:

Anônimo disse...

Ola Marceline, digo Marceline pra tentar deixar o nome sem género, se bem que o género ta no físico macho e fêmea, o que a pessoa opta depois, não muda em nada o género.

Um homem pode optar por nao ser mais homem, menino mas NUNCA vai se tormar mulher ou menina e também NUNCA vai deixar de ser MACHO.

Creio que optaram pelo género por erro, para evitar dizer pênis ou vagina, hoje é tabu dizer tais palavras mas se tivessem desde de o inicio assim dito, nao teriam esses probleminhas, pois afinal, é isso, A vagina, A menina, A mulher, O pênis, O homem, O menino, o resto não existe.

Se depois dessa você continuar com problema com gênero, use simplesmente Pênis e Vagina.

Os hermafrotidas são infelizmente pra eles um erro genético. Então digo, género é MACHO e FEMEA e evt. hermafrodita (macho-fêmea) mas sexualidade é FEMININO-hetero, MASCULINO-hetero E feminino, masculino-homo. Mas isso não tem nada a ver com género.

Não sei se entendi bem, mas acho que o seu problema não é com o género e sim com masculino, feminino. Sem problemas no mundo animaaaaaaaaaal. RS
Um abraço.
Mili