A Revista Íntegra, após cinco anos de publicações, chega ao fim.
Convidamos você a conferir esta última edição. Saiba mais...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Analisando a programação da TV Italiana, e comparando-a com a da TV Brasileira, concluí que a Italiana nada deixa "a desejar”. Claro que, como “uma boa” TV, tem seu “grande fratello”, sua “verissima” e “beautiful” etc... Embora não esteja aqui para criticar suas telenovelas e programas de entretenimento, gostaria de comentar sobre seus programas políticos. Ao contrário do “horário politico” no Brasil, estes programas são produzidos para os partidos discutirem a situação atual do país.


Procurando nas programações dos canais abertos das redes de TV Brasileiras não encontrei, em nenhum canal, um programa em que haja um debate entre os partidos que estão atualmente no poder. Sei que durante as eleições a TV Brasileira dispõe de horários “gratuitos”, em que acontecem debates entre os políticos concorrentes. Mas, pergunto: E depois? Aqui na Itália, ministros, deputados, senadores, participam destes programas em redes de canal aberto, ou seja, dando a oportunidade e o direito a todo cidadão italiano de questionar e saber o que está acontecendo, de um modo simples, como em uma telenovela. O lado positivo é que conseguimos ver os políticos de uma forma mais “humana”. Isto porque, nestes programas, eles estão ali, frente aos “seus inimigos”, discutindo, gritando, perguntando, respondendo ou não, mas estão ali dando a cara “a tapa” ao TELESPECTADOR.

Estes programas são realizados semanalmente, e isso também faz com que a presença deles seja “corriqueira” no nosso dia a dia, gerando uma certa “familiaridade”. Acabam fazendo parte do jantar, do almoço, como a “Clara”, da novela “Passione”. No Brasil, os políticos aparecem somente em entrevistas, ou então por alguns segundos, para expressarem o que bem entendem, sem ter que justificar ou responder, principalmente ao público. Eles acabam se tornando distantes e esquecidos, nos “livros de história”. Claro, temos os jornais, a internet, as revistas. Mas, sabendo que, somente 9% da população brasileira lê textos na internet, segundo os dados de pesquisa “retrato da leitura no Brasil”, do Instituto Pró-Livro e do site domínio público, de 2009. E com relação a jornais impressos, segundo o SECOM (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), em 2010, em um universo de doze mil pessoas entrevistadas, somente 25% admitem ler jornal todos os dias. Ou seja, a TV continua tendo uma grande influência sobre nossa sociedade, porém, este é um outro “tema”.

Concluindo, gostaria sinceramente de “sugerir” um programa para a TV Brasileira, no qual se encontrem ministros, deputados, senadores com seus adversários, sendo questionados sobre as diretrizes deste país, que está sendo considerado economicamente uma das maiores potências mundiais.

Jaciara Rocha - Ferrara, Itália

Nenhum comentário: