Levada pela mãe, aquela criança de cinco anos teve o seu primeiro dia de escola.
Muito quieta, com os olhos enormes arregalados, ela olhava para tudo, encantada. E aquelas pecinhas de madeira, o que seriam? Ela nunca havia visto nada igual.
Como ela não tocasse em nada, a professora sentou-se ao seu lado e montou um cavalinho, ou era um elefante?
A criança só olhava, não tocava em nada. Será que tinha medo que o encantamento sumisse?
Ficou o tempo todo extasiada. E as histórias, então, que a professora contava?
Havia uma criança que chorava muito. Queria a mamãe. Ficou sentada ao lado da professora. Como podia ela chorar? Aquilo tudo era tão lindo...
A mãe chegou e ela correu feliz ao seu encontro. Queria contar... Mas o que seria que a professora falava com a mãe?
Não voltou mais ao jardim de infância, porque sua mãe recusou-se a levá-la, acreditando na conversa da professora, de que sua menina havia chorado.
Muito solitária, procurava na vizinhança um amiguinho mais novo que ela mesma e passavam horas passeando... Um dia, descobriu perto de onde morava, na rua Colombo, (hoje Clotario Portugal) uma escola e matriculou-se nela. Levou junto o seu amiguinho de três anos. Diariamente, os dois apareciam para a "aula".
Aquela professora sim: tinha muito amor para dar. O fim do ano chegou e entre risos e lágrimas a mãe aplaudiu quando viu a sua menina no meio dos outros alunos, em cima do palco, nos festejos do fim do ano escolar cantando em polaco!
Passaram-se quarenta anos, quando passando defronte ao prédio do Instituto de Educação (antiga Escola Normal) num relance, ela reviu toda aquela cena do jardim de infância. Só então entendeu: A professorinha talvez inexperiente ou má psicóloga, ao ver aquela criança tão quieta, deve tê-la achado "diferente". Foi mais fácil dizer "ela chorou muito" e desvencilhar-se do "problema".
Mamãe: eu juro. Eu não chorei.
Muito quieta, com os olhos enormes arregalados, ela olhava para tudo, encantada. E aquelas pecinhas de madeira, o que seriam? Ela nunca havia visto nada igual.
Como ela não tocasse em nada, a professora sentou-se ao seu lado e montou um cavalinho, ou era um elefante?
A criança só olhava, não tocava em nada. Será que tinha medo que o encantamento sumisse?
Ficou o tempo todo extasiada. E as histórias, então, que a professora contava?
Havia uma criança que chorava muito. Queria a mamãe. Ficou sentada ao lado da professora. Como podia ela chorar? Aquilo tudo era tão lindo...
A mãe chegou e ela correu feliz ao seu encontro. Queria contar... Mas o que seria que a professora falava com a mãe?
Não voltou mais ao jardim de infância, porque sua mãe recusou-se a levá-la, acreditando na conversa da professora, de que sua menina havia chorado.
Muito solitária, procurava na vizinhança um amiguinho mais novo que ela mesma e passavam horas passeando... Um dia, descobriu perto de onde morava, na rua Colombo, (hoje Clotario Portugal) uma escola e matriculou-se nela. Levou junto o seu amiguinho de três anos. Diariamente, os dois apareciam para a "aula".
Aquela professora sim: tinha muito amor para dar. O fim do ano chegou e entre risos e lágrimas a mãe aplaudiu quando viu a sua menina no meio dos outros alunos, em cima do palco, nos festejos do fim do ano escolar cantando em polaco!
Passaram-se quarenta anos, quando passando defronte ao prédio do Instituto de Educação (antiga Escola Normal) num relance, ela reviu toda aquela cena do jardim de infância. Só então entendeu: A professorinha talvez inexperiente ou má psicóloga, ao ver aquela criança tão quieta, deve tê-la achado "diferente". Foi mais fácil dizer "ela chorou muito" e desvencilhar-se do "problema".
Mamãe: eu juro. Eu não chorei.
Margarita Wasserman - Curitiba, Brasil
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