(Carta recebida em 13 de agosto de 2009)
Olá queridos amigos e amigas
Passei as últimas horas tentando descobir algo sobre o mail que recebi sobre a manifestação "Fora Sarney"; entrei no Orkut, no Twitter, e cheguei a conclusão de que pode ser um movimento realmente feito pela população, e não um movimento de manipulação. No final das contas, como saber?
Nesse último final de semana, conversando com meus irmãos, recomecei a divagar sobre algumas coisas que há muito não pensava. Estou ficando mais velha, e com isso, mais acomodada. Mas fiquei incomodada com a minha/nossa comodidade. Durante a semana, conversando com uma aluna, esses pensamentos novamente voltaram à tona. Quantos e mails recebemos com acusações sérias sobre nossos governantes? Quantos escândalos não vêm à tona, volta e meia, na mídia? Quantos outros e mails não recebemos com "correntes" para que apaguemos as luzes num certo dia numa certa hora, dizendo que não devemos abastecer nossos carros em certo lugar, ou vários outros movimentos pacíficos que eu, pessoalmente (e infelizmente) quase sempre esqueço de fazer? (Vale a pena lembrar que em vários países mudanças sérias ocorrem devido a boicotes desse tipo). Mas aí pensamos que pode ser que não seja verdade, que pode ser somente uma jogada de marketing do concorrente, que não temos tempo para checar toda essa enxurrada de informações (informação=forma-a-ação. Será que vem daí?) que recebemos via internet! E continuamos nossas vidas, trabalhando, dando duro, reclamando ás vezes...
Conversava com meu irmão que, no Brasil, e em Curitiba certamente, temos a idéia de que passeatas são para pessoas de esquerda, de que não vemos os movimentos populares, como as passeatas, como uma ferramenta de cidadania, mas quase nos envergonhamos disso, de ir para as ruas, de mostrar a cara, de lutar pelos nossos direitos. Justificamos essa nossa falta de iniciativa com nosso passado de ditadura, com nossa característica de "bon vivants" dos brasileiros, pacíficos, que curtem a vida...Será que já não amadurecemos o bastante para termos voz própria? Infelizmente, nossa voz não é representada pelos nossos governantes, como deveria ser. Na grande maioria das vezes, nossos políticos não estão representando a nossa vontade, mas sim o interresse deles. Até quando vamos aceitar?
Passei as últimas horas tentando descobir algo sobre o mail que recebi sobre a manifestação "Fora Sarney"; entrei no Orkut, no Twitter, e cheguei a conclusão de que pode ser um movimento realmente feito pela população, e não um movimento de manipulação. No final das contas, como saber?
Nesse último final de semana, conversando com meus irmãos, recomecei a divagar sobre algumas coisas que há muito não pensava. Estou ficando mais velha, e com isso, mais acomodada. Mas fiquei incomodada com a minha/nossa comodidade. Durante a semana, conversando com uma aluna, esses pensamentos novamente voltaram à tona. Quantos e mails recebemos com acusações sérias sobre nossos governantes? Quantos escândalos não vêm à tona, volta e meia, na mídia? Quantos outros e mails não recebemos com "correntes" para que apaguemos as luzes num certo dia numa certa hora, dizendo que não devemos abastecer nossos carros em certo lugar, ou vários outros movimentos pacíficos que eu, pessoalmente (e infelizmente) quase sempre esqueço de fazer? (Vale a pena lembrar que em vários países mudanças sérias ocorrem devido a boicotes desse tipo). Mas aí pensamos que pode ser que não seja verdade, que pode ser somente uma jogada de marketing do concorrente, que não temos tempo para checar toda essa enxurrada de informações (informação=forma-a-ação. Será que vem daí?) que recebemos via internet! E continuamos nossas vidas, trabalhando, dando duro, reclamando ás vezes...
Conversava com meu irmão que, no Brasil, e em Curitiba certamente, temos a idéia de que passeatas são para pessoas de esquerda, de que não vemos os movimentos populares, como as passeatas, como uma ferramenta de cidadania, mas quase nos envergonhamos disso, de ir para as ruas, de mostrar a cara, de lutar pelos nossos direitos. Justificamos essa nossa falta de iniciativa com nosso passado de ditadura, com nossa característica de "bon vivants" dos brasileiros, pacíficos, que curtem a vida...Será que já não amadurecemos o bastante para termos voz própria? Infelizmente, nossa voz não é representada pelos nossos governantes, como deveria ser. Na grande maioria das vezes, nossos políticos não estão representando a nossa vontade, mas sim o interresse deles. Até quando vamos aceitar?

Daí recebi esse email sobre a manifestação (Fora Sarney!). Minha primeira reação é "sim, vou repassar a todos que conheço". Depois comecei a pensar em todas as implicações que isso pode ter, não sabia quem havia iniciado esse movimento, que tipo de reação terá a polícia ( no "perguntas e respostas" do Yahoo! fiquei sabendo que em Brasilia a polícia reagiu), etc, etc.
Continuo não podendo dar essas respostas. Mas vejo isso como uma chance de exercermos cidadania, de aprendermos democracia. Eu não vou desperdiçar essa chance!
Fora Sarney!
Huei Lin Alegretti - Curitiba, Brasil
Um comentário:
Cidadania não se faz sozinho! Parabéns pela carta aberta, temos muito a fazer! Parabéns Íntegra pela excelente revista sempre!
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