
Para a diretora da companhia, Carla Reinecke, Caixa de Cores usa a música, o figurino e a expressão dos bailarinos para brincar com os sentimentos do público. “O espetáculo mexe com isso, com emoções e sensações. O amarelo e o vermelho, por exemplo, podem lembrar um dia de sol, de calor. Já o azul está relacionado com a calma e a serenidade. E isso se traduz na própria dança”, explica. Uma grande tela de pintura no meio do palco faz a platéia relacionar a dança das cores com a pintura. “É como se os bailarinos estivessem pintando um quadro”, conta. Com 19 bailarinos em cena, a montagem apresenta solos, duetos, trios e quintetos, cada segmento representando uma cor específica.
Meia-idade
Um dos mais importantes do país, o Balé Teatro Guaíra está prestes a completar 40 anos. Criado em 1969, a companhia é o segundo corpo estável mais antigo do Centro Cultural Teatro Guaíra. Com montagens e turnês consagradas, recebeu importantes nomes do balé mundial. Atualmente, conta com 29 bailarinos e seis estagiários no grupo.
Para comemorar o aniversário, a companhia lançará, em setembro, um novo espetáculo. A Lenda das Cataratas do Iguaçu, do compositor Jaime Zenamon e do coreógrafo Rui Moreira, conta a história de Naipi e Tarobá, espécie de Romeu e Julieta dos índios paranaenses. No fim do ano, outro presente: o lançamento de um livro sobre a história do Balé Teatro Guaíra.
Mas, de acordo com a diretora, o investimento ainda não é o ideal. “Acho que falta mais apoio da iniciativa privada do Paraná. Existem algumas empresas que sempre nos apoiam, mas são minoria. Poderia ter mais gente ajudando a mostrar quanta coisa boa temos aqui”, afirma Carla. Ela também pede mais atenção do governo do estado.
“Entendemos que existem muitas outras prioridades, como a educação e a saúde, mas uma melhoria salarial e estrutural seria importante para desenvolvermos um trabalho ainda melhor.” “Esperamos continuar crescendo e dançando. Nosso trabalho faz parte da memória da sociedade e não pode se perder”, completa.
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