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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Curitiba: Cores, música e dança sobre o palco

Amarelo, azul, índigo, laranja, verde, vermelho e violeta. As sete cores primárias, além do branco e do preto, são as estrelas do espetáculo Caixa de Cores, do Balé Teatro Guaíra, que fica em cartaz de hoje até domingo, no Teatro José Maria Santos, em Curitiba. Montada em 2005, pelo coreógrafo Luiz Fer­nando Bongiovanni, a peça aborda a influência das cores na vida das pessoas. A atração combina elementos da Teoria das Cores, do físico inglês Isaac Newton, pitadas de humor e de música barroca do italiano Vivaldi a composições especialmente feitas por Mano Bap e Ricardo Iazzetta.
Para a diretora da companhia, Carla Reinecke, Caixa de Cores usa a música, o figurino e a expressão dos bailarinos para brincar com os sentimentos do público. “O espetáculo mexe com isso, com emoções e sensações. O amarelo e o vermelho, por exemplo, podem lembrar um dia de sol, de calor. Já o azul está relacionado com a calma e a serenidade. E isso se traduz na própria dança”, explica. Uma grande tela de pintura no meio do palco faz a platéia relacionar a dança das cores com a pintura. “É como se os bailarinos estivessem pintando um quadro”, conta. Com 19 bailarinos em cena, a montagem apresenta solos, duetos, trios e quintetos, cada segmento representando uma cor específica.

Meia-idade

Um dos mais importantes do país, o Balé Teatro Guaíra está prestes a completar 40 anos. Criado em 1969, a companhia é o segundo corpo estável mais antigo do Cen­tro Cultural Teatro Guaíra. Com montagens e turnês consagradas, recebeu importantes nomes do balé mundial. Atualmente, conta com 29 bailarinos e seis estagiários no grupo.
Para comemorar o aniversário, a companhia lançará, em setembro, um novo espetáculo. A Lenda das Cataratas do Iguaçu, do compositor Jaime Zenamon e do coreógrafo Rui Moreira, conta a história de Naipi e Tarobá, espécie de Romeu e Julieta dos índios paranaenses. No fim do ano, outro presente: o lançamento de um livro sobre a história do Balé Teatro Guaíra.
Mas, de acordo com a diretora, o investimento ainda não é o ideal. “Acho que falta mais apoio da iniciativa privada do Paraná. Existem algumas empresas que sempre nos apoiam, mas são mi­­noria. Poderia ter mais gente ajudando a mostrar quanta coisa boa temos aqui”, afirma Carla. Ela tam­­bém pede mais atenção do governo do estado.
“Entendemos que existem muitas outras prioridades, como a educação e a saúde, mas uma melhoria salarial e es­­trutural seria importante para de­­senvolvermos um trabalho ainda melhor.” “Esperamos continuar crescendo e dançando. Nosso trabalho faz parte da memória da sociedade e não pode se perder”, completa.

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