Bacon, reconhecido internacionalmente como um dos pintores mais influentes do século XX e apontado como o pintor inglês mais importante do seu tempo. Curioso pensar que o sobrenome do cara é Bacon! Nada mais adequado.
Bacon, carne, “flesh”.
O porquê disso ele mostra em sua pintura. Um mundo sem Deus ou vida pós-morte. O ser humano como qualquer outro animal: irracional, violento, desesperado, vulnerável. Imagens mal formadas, transfiguradas, distorcidas, ensanguentadas.
Arte para ele era um método de demonstrar formas de sentimento, mais do que meramente representar um objeto. Inspirado pela brutalidade das guerras de seu tempo, pela solidão dos marginalizados pela sociedade, e por toda realidade crua que o cercava.
Sua obra deriva de estudos de fotografias, filmes, obras de outros artistas, livros, poesias e fatos. Mas ele não faz uma reconstrução, e sim uma alusão baseada em sua compreensão pessoal de cada coisa. Parcece meio angustiante, e é.
Mas é também impressionante a precisão do sofrimento expresso. A realidade da carne exposta em uma representacao não real da carne. Segundo Bacon: a pintura indo de encontro direto ao sistema nervoso. Desconcertante!
Pode ser que você nao goste do trabalho dele, pode ser que não te diga muita coisa, mas alguma coisa, com certeza, ele tem para dizer.
Se você tiver chance, o Tate Britain, em Londres, exibe até 4 de janeiro de 2009, a exposição “Francis Bacon”.
Se voce tiver interesse, a BBC disponibiliza uma grande quantidade de entrevistas dele no site:
http://www.bbc.co.uk/archive/bacon/
Se voce tiver tempo, um cara chamado Andrew Brighton escreveu um livro bem bacana que apresenta a obra do pintor de maneira bem introdutória e fluente.
O nome do livro é apenas “Francis Bacon”.
Bom, simples e barato.
Jacqueline Sambugaro - Londres, Inglaterra
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